Plataforma amplia ferramentas de verificação de idade e busca evitar riscos de aliciamento
O Roblox anunciou nesta quarta-feira (03) que vai expandir, até o fim de 2025, sua tecnologia de estimativa de idade para todos os jogadores. A medida surge após diversos processos envolvendo a segurança de crianças e denúncias de aliciamento dentro da plataforma.
Em julho, a empresa já havia revelado o uso de um sistema de verificação por reconhecimento facial, combinado com documentos de identidade e consentimento dos pais. A proposta é oferecer um controle muito mais preciso do que apenas confiar na idade digitada na criação de conta.
“Usando uma combinação de tecnologia de estimativa de idade facial, verificação de identidade e consentimento parental, teremos uma medida mais confiável da idade real dos usuários”, declarou a empresa.
O objetivo é aplicar o recurso globalmente antes de 2026. Além disso, o Roblox anunciou que vai implementar novos sistemas para limitar interações entre adultos e menores, a menos que haja comprovação de vínculo no mundo real.
Parceria global e mudanças nas classificações
A empresa também firmou parceria com a International Age Rating Coalition (IARC), organização responsável por classificações de conteúdo de jogos e aplicativos digitais no mundo todo. Com isso, o Roblox vai substituir seus rótulos internos por classificações oficiais de agências reconhecidas internacionalmente.
Casos recentes e combate a predadores
Recentemente, a plataforma foi alvo de polêmica após banir o YouTuber Schlep, conhecido por expor predadores sexuais dentro do jogo. Apesar de seus conteúdos denunciarem atividades criminosas, a empresa alegou que esse tipo de abordagem pode trazer mais riscos do que soluções.
“Ainda que grupos de vigilantes pareçam ter o interesse público como objetivo, na prática podem causar danos dentro e fora de nossa plataforma”, afirmou Matt Kaufman, executivo de segurança do Roblox.
Com essas medidas, o Roblox tenta se consolidar como um ambiente digital mais seguro, ao mesmo tempo em que responde à crescente pressão pública e judicial sobre a proteção de menores em plataformas online.