Apesar das promessas de um retorno às origens, o multiplayer de Battlefield 6 está longe de ser conservador. A nova aposta da Battlefield Studios — equipe formada por DICE, Ripple Effect, Criterion e Motive — traz ideias ousadas, que podem agradar ou preocupar os fãs mais antigos.
Novos mapas, mesma destruição frenética
Durante um evento exclusivo, pudemos testar mapas e modos inéditos que mantêm a essência explosiva da série. As ruas devastadas do Cairo, com emboscadas em becos apertados, contrastam com o caos vertical do Empire State — um arranha-céu em construção que vira palco para tiroteios de vários andares. Em ambos, o ritmo é intenso e a adrenalina não dá trégua.
Modos clássicos, experiências repensadas
Modos consagrados como Conquest retornam com força, ao lado de outros como Team Deathmatch e Dominion. A novidade está na forma como os mapas são utilizados: versões menores favorecem o combate de infantaria, enquanto as maiores ampliam o espetáculo dos veículos. Seja qual for o modo, o resultado é o mesmo — ação frenética de ponta a ponta.
Combate mais técnico, menos espetáculo?
A famosa destruição de cenário continua marcando presença, mas agora de forma mais tática. Sai a Levolução exagerada e entra a destruição focada: abrir o chão sob os inimigos ou derrubar pequenas estruturas para flanquear o time adversário. O impacto visual continua impressionante, mas agora serve melhor ao gameplay do que ao espetáculo.
Entre riscos e inovação
As mudanças têm um custo. A ausência de momentos gigantescos de destruição pode tirar um pouco do charme caótico da franquia. Ao mesmo tempo, o novo sistema traz uma estabilidade que faltava nos jogos anteriores. O que antes era um show descontrolado, agora se transforma em um campo de batalha mais equilibrado — o que pode ser ótimo para alguns e frustrante para outros.
No fim das contas, Battlefield 6 parece buscar um novo equilíbrio entre inovação e tradição. Se isso vai dar certo ou não, só o tempo (e os jogadores) dirão.