O diretor de design de Indiana Jones e O Grande Círculo, Andersson, comentou em entrevista ao The Game Business sobre os desafios de design do novo título — e aproveitou para criticar o impacto do Xbox Game Pass no comportamento dos jogadores.
O problema da atenção
Andersson explicou que o estúdio teve de pensar em públicos muito diferentes — desde fãs antigos que conhecem a franquia até crianças que vão descobrir Indiana Jones pela primeira vez. “Tentamos fazer deste o jogo da MachineGames mais acessível até agora”, disse ele.
“Quanto ao Game Pass… Conhecemos o comportamento dos jogadores. Eles entram por cinco minutos e desistem. Você pode tomar uma certa quantidade de decisões com base nisso, mas, ao mesmo tempo, não quer fazer muitas concessões. Precisa ser um ótimo jogo para o jogador que joga até o fim.” — Andersson
Equilíbrio entre acesso e profundidade
Segundo o diretor, estar no Game Pass aumenta a chance de muitos experimentarem o gênero pela primeira vez — um ponto positivo. Mas também obriga a equipe a pensar em integrações e mecânicas que prendam rapidamente a atenção sem sacrificar a experiência completa para quem joga até o fim.
Andersson resumiu o dilema: é preciso equilibrar decisões que acomodem jogadores casuais que testam por pouco tempo e, ao mesmo tempo, não comprometer a profundidade e a narrativa que o estúdio valoriza.
O contexto: estudos sobre retenção
Debates sobre o efeito do Game Pass não são novidade. Um estudo recente da Newzoo apontou que assinantes tendem a passar menos tempo em um único jogo, alimentando a discussão sobre como serviços de assinatura mudam hábitos de consumo e influenciam escolhas de design nas produtoras.