Descubra como um RPG épico protagonizado por um macaco mitológico se tornou símbolo da revolução nos jogos feitos na China
🚀 O Fenômeno que Rompeu Barreiras
O que começou como uma aposta ambiciosa de um estúdio chinês se transformou em um marco na história da indústria gamer: Black Myth: Wukong não só vendeu mais de 30 milhões de cópias em menos de um ano, como também colocou a China no radar dos grandes lançamentos AAA globais.
Lançado pela Game Science, o título explodiu nas vendas, tornou-se um dos jogos mais jogados do Steam e se destacou mesmo sem ter chegado oficialmente ao Xbox. Um verdadeiro divisor de águas que inspira uma nova geração de desenvolvedores.
🎮 O Renascimento da Indústria Chinesa de Games
Antes restrita ao desenvolvimento de jogos mobile, a indústria chinesa de games passou por uma revolução desde que a proibição dos consoles foi suspensa em 2015. Com o apoio de gigantes como Tencent e do China Hero Project da Sony, o cenário mudou — e Black Myth: Wukong foi o estopim de uma nova era.
“De 2003 a 2024, a receita da indústria chinesa de games saltou de 10 bilhões para 390 bilhões de yuans.” — Wu Li, CEO da CE-Asia.
Com isso, surgiram diversos títulos promissores como Phantom Blade Zero, Tides of Annihilation, Lost Soul Aside e AI Limit, cada um apostando em narrativas próprias e mecânicas inovadoras.
🔥 A Pressão Pós-Wukong: Desafios e Oportunidades
O sucesso de Wukong também trouxe uma consequência natural: a pressão. Estúdios como a S-Game e a Eclipse Glow Games relatam que, embora já tivessem projetos em andamento, o sucesso de Wukong mudou o nível de exigência do público e dos investidores.
Segundo Liang, diretor de Phantom Blade Zero:
“Antes, nossa expectativa de vendas era de 3 milhões. Agora sabemos que é possível atingir 30 milhões. Tudo mudou.”
Por outro lado, essa mesma pressão trouxe mais investimentos, visibilidade internacional e até apoio do governo chinês para projetos que valorizam o patrimônio cultural do país, como escaneamentos 3D de construções históricas.
⚔️ Por que o RPG de Ação é o novo queridinho?
Os RPGs de ação se tornaram o gênero ideal para os estúdios chineses mostrarem seu potencial técnico e narrativo. Misturando combate ágil, mundos ricos e histórias profundas, o formato oferece uma combinação de desafio e imersão que conquista jogadores ao redor do mundo.
Li, da CE-Asia, define o gênero como:
“Clássico, grandioso e familiar. Um RPG de ação é gerenciável para equipes menores, com boa relação custo-benefício e fácil entrada no mercado.”
Jogos como AI Limit e Tides of Annihilation exploram sistemas únicos de combate e ambientações distintas, buscando inovar dentro de um gênero já consagrado.
🌏 Entre Oriente e Ocidente: Cultura Global em Jogo
Uma das maiores conquistas de Black Myth: Wukong foi mostrar que a cultura chinesa pode ser protagonista em jogos com apelo mundial. Baseado no clássico Jornada ao Oeste, o título prova que histórias autênticas podem atravessar fronteiras culturais.
Estúdios como o da Eclipse Glow Games apostam no equilíbrio, com jogos como Tides of Annihilation inspirados na lenda do Rei Arthur e ambientados em uma Londres estilizada. Já Phantom Blade Zero abraça o conceito de “kung-fu punk”, misturando wuxia com estética cyberpunk.
Liang resume bem essa visão:
“Não é preciso estudar cultura chinesa para jogar nossos jogos. Mas nossa alma está ali — e isso é importante.”
🌟 O Legado de Wukong e o Futuro dos Games Made in China
Black Myth: Wukong não apenas abriu portas, mas redefiniu o que significa criar um jogo chinês de qualidade global. O sucesso da Game Science encorajou estúdios a pensar grande, a sonhar com mais do que o mobile e a se posicionar como protagonistas da indústria.
Com novos projetos a caminho, o que antes era nicho agora é tendência. A China não quer mais apenas jogar — ela quer liderar.
Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe com seus amigos que também amam games!