A Austrália colocou em vigor a lei mais rígida do mundo contra menores de 16 anos em redes sociais, resultando na remoção de milhões de contas nas principais plataformas. A medida exige verificação facial obrigatória e já revelou falhas nos sistemas, com adolescentes conseguindo burlar controles, enquanto o X (ex-Twitter) ainda não esclareceu sua adesão oficial.
Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e até Bluesky aderiram à restrição, que compara o limite de idade ao de consumo de álcool (18 anos). Pesquisas mostram 66% de apoio popular, mas pais dividem opiniões: uns celebram o combate à dependência digital, outros temem isolamento social e ajudam filhos a contornar regras com VPNs.
O governo reconhece imperfeições no sistema, mas defende sua necessidade, com o comissariado de eSafety monitorando remoções de contas e tentativas de evasão. Apps menores como Yope e Lemon8 ganharam popularidade repentina entre jovens e agora enfrentam pressão para aderir às mesmas exigências.
A legislação inspira países como Malásia, Dinamarca, Noruega e União Europeia, enquanto especialistas alertam para migração de adolescentes para cantos mais perigosos da internet. A Austrália pioneira redefine o debate global sobre proteção infantil versus liberdade digital nas redes sociais.

