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Assassin’s Creed Pós-Guerra Civil é Cancelado pela Ubisoft por ‘Questões Políticas’ e Protagonista Negro

Um projeto ambicioso e potencialmente explosivo da franquia Assassin’s Creed foi engavetado pela Ubisoft. Segundo relatos, a editora francesa cancelou o desenvolvimento de um jogo que se passaria após a Guerra Civil americana e a era da Reconstrução, devido a preocupações com o clima político e a possível reação negativa do público em relação ao protagonista.

A série Assassin’s Creed é conhecida por explorar períodos históricos marcantes, mas a ideia de ambientar um título na América pós-1860, uma época de profundas tensões raciais, provou ser um “barril de pólvora” que a Ubisoft não quis acender.

O Protagonista Ex-Escravizado e a Trama Contra a KKK

De acordo com Stephen Totilo, do Game File, o projeto cancelado, que ainda não tinha um título oficial, teria como protagonista um homem negro ex-escravizado. A trama o levaria a se juntar aos Assassinos em sua jornada para recomeçar a vida, com um elemento central da narrativa sendo o confronto com o grupo supremacista **Ku Klux Klan (KKK)**.

Os desenvolvedores envolvidos estavam entusiasmados com a possibilidade de usar o jogo para explorar a história americana e mostrar como as tensões raciais são usadas para controle social. No entanto, o projeto foi derrubado por fatores externos.

O Medo da Reação Negativa

Fontes próximas ao desenvolvimento indicam que a Ubisoft ficou profundamente desconfortável com a recepção controversa do protagonista samurai negro de Assassin’s Creed Shadows. A preocupação da editora era que um protagonista negro lidando com temas raciais sensíveis durante a era pós-Guerra Civil nos Estados Unidos poderia gerar uma reação política e social ainda mais intensa.

O cancelamento levantou um debate: enquanto alguns chamam a decisão de decepcionante e covarde, outros veem a cautela da Ubisoft como compreensível, dado o atual clima político polarizado.

Assassin’s Creed e a História Americana Complexa

Embora a Ubisoft costume afirmar que seus jogos não são “políticos”, a série já tocou em períodos sensíveis dos EUA:

  • Assassin’s Creed III: Ambientado durante a Revolução Americana.
  • Assassin’s Creed Liberation: Apresenta uma protagonista negra (Aveline) que explora tensões raciais em missões de ajuda a escravos em Nova Orleans.

Apesar desses precedentes, a tentativa de abordar a era da Reconstrução e a luta contra a KKK em um jogo AAA de grande orçamento, especialmente no contexto político atual, seria uma aposta de alto risco. O tema é tão delicado que o tópico de discussão sobre o cancelamento do jogo precisou ter os comentários desativados no Reddit, destacando a complexidade do debate.

Por ora, os fãs da franquia terão que se contentar em explorar outros períodos históricos, enquanto o potencial **Assassin’s Creed da Guerra Civil** permanece um projeto fascinante e inacabado.